Ubuntu: o que é, uma breve história e um pouco sobre sua versão 14.04.2 LTS

Introdução


Dez anos atrás, nascia uma distribuição adaptada do Debian baseada no núcleo Linux, chamada de Ubuntu Linux. O seu desenvolvedor, Mark Shuttleworth, que também foi um visitante do espaço e ficou dez dias por lá, deu-lhe o codinome “The Warty Warthog”, e o número da versão não era o 1.0, e sim 4.10 – o segundo número corresponde ao mês (outubro) e o primeiro ao ano de lançamento, ou seja, Outubro de 2004. Com o passar do tempo, o Ubuntu veio a ser o sistema operacional baseado em Linux mais conhecido e usado no Mundo. Hoje, o Ubuntu conta com várias derivações, das quais eu destaco o Lubuntu, Xubuntu, ElementaryOS e Kubuntu.  

"Logo-ubuntu no(r)-black orange-hex" by Canonical Ltd. - http://design.ubuntu.com/wp-content/uploads/logo-ubuntu_no%C2%AE-black_orange-hex.svg. Licensed under Public Domain via Wikimedia Commons - https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Logo-ubuntu_no(r)-black_orange-hex.svg#/media/File:Logo-ubuntu_no(r)-black_orange-hex.svg

A princípio, os objetivos de Mark eram bem claros: simplicidade, liberdade, usabilidade e igualdade. E esses princípios mantêm-se até os dias atuais, levando em consideração que sistema faz jus ao nome, já que Ubuntu, de acordo com a filosofia sul-africana, significa “Sou o que sou pelo que nós somos” ou “Humanidade para os outros”. Essa filosofia ocupa-se a ensinar e proliferar a igualdade, harmonia, paz, união, ajuda mútua e compaixão entre todas as pessoas dentro da sociedade.  

Todas as versões subsequentes do Ubuntu são lançadas semestralmente, ou seja, duas vezes ao ano, e todas recebem um codinome. A interface gráfica padrão do sistema, até 2011, era a Gnome 3; nos anos posteriores, o padrão adotado pela Canonical – empresa desenvolvedora e mantenedora do Ubuntu – foi a Unity, que, contudo, acabou desagradando a alguns usuários do Ubuntu que gostavam do Gnome.

Um pouco sobre o Linux Ubuntu 14.04.2 LTS

 

Bom, acho que a esta altura você já deve estar bem informado sobre o Ubuntu e o que ele tem a oferecer. Finalmente, vamos a uma review de uma de suas versões mais recentes. 

Na verdade, a versão atual do Ubuntu é a 15.04 Vivid Vervet, entretanto, optei por baixar e instalar a versão 14.04.2. A sigla LTS significa Long Term Support, e as variantes LTS têm suporte para atualizações por um longo período de tempo, sendo três anos para versões desktops e cinco anos para versões servidores.

A versão Trusty Tahr foi lançada em Abril de 2014 e, deste então, tem recebido algumas alterações frequentes. Sua interface padrão é a Unity 7, que continua deveras pesada por sinal, e consequentemente continua travando constantemente no hardware modesto do meu notebook Positivo S2500i, que tem um humilde Celeron e pouca memória RAM. No entanto, interfaces mais leves como o XFCE, GNOME e LXDE rodam sem problemas; gosto muito do meu Ubuntu, o que mais me descontenta é a Unity mesmo.

Embora seja pesada, continua sendo maleável, principalmente para quem gosta de modificar a aparência do sistema instalando conkys, docky, ícones, cursores, wallpapers, themes, dentre outras coisas que deixam o sistema “com a sua cara”.

O suporte a atualizações está impecável, não poderia ser melhor. Recebo atualizações de segurança e correções de bugs quase todos os dias, algumas são mais complexas, e exigem que o sistema seja reiniciado; outras, nem tanto, geralmente essas têm menos que 20 MB de tamanho. Os plugins e codecs estão funcionando perfeitamente, incluindo a versão mais recente do Java e flashplugin, as quais ensinarei a instalar em um outro post. Essa versão usa o kernel 3.16.0-38-generic.

A principal desvantagem do Ubuntu, em minha opinião, é que após instalá-lo em seu computador, é necessário procurar e instalar manualmente os software que não são genuínos da Canonical, que são de terceiros ou que contêm direitos autorais. Isso dificulta muito para quem está emigrando do Windows e aderindo ao Linux, pois um usuário iniciante não está acostumado a lidar com "telas pretas e letras brancas".

O navegador de internet padrão é o Firefox, que se encontra na versão 38.0, e que também vem sendo atualizado constantemente. O reprodutor de música padrão do Ubuntu é o Rhythmbox, que precisa de um plugin mp3 para reproduzir as músicas, por isso eu sempre opto por instalar o meu reprodutor preferido: o VLC.

A Central de Programas está ficando melhor a cada dia, pois vários colaboradores se encarregam de distribuir programas open source e adaptá-los para que funcionem perfeitamente. Se você quiser assistir à Netflix, todavia, terá que instalar o Google Chrome separadamente; caso você queira escutar músicas no Spotify, será necessário instalá-lo via terminal, o que acaba se tornando uma tarefa confusa e um tanto burocrática para quem acabou de migrar para o Ubuntu. Mas ainda sim creio que essas dificuldades não deverão prevalecer por muito tempo, visto que algumas empresas proprietárias, como a Microsoft, disponibilizam versões de seus softwares para Ubuntu por meio de pacotes .deb, como acontece com o Skype, por exemplo.

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